É muito comum hoje, tratarmos nossos cães como se fossem nossos filhos. E está tudo bem! O mundo está evoluído, e nós podemos expressar melhor e mais intensamente nossos sentimentos pelos nossos peludos. Mas, você já parou para pensar que, embora nós tenhamos incluído o nosso cão em nossa família, ele continua tendo necessidades diferentes das nossas?
Quando passamos pela pandemia, nós nos apegamos ainda mais a esses “filhos de patas”. E eles se tornaram tão importantes, que nos esquecemos de proporcionar a eles, o que de fato precisam para serem felizes, considerando sua natureza.
Então, na intenção de agradá-los, acabamos nos excedendo e oferecendo muito mais do que conforto. Passamos a mimá-los, acostumando-os a ficarem sempre no colo, reforçando comportamentos que futuramente poderão se tornar um problema de comportamento. Eles começam a latir mais do que o normal, arranham a porta quando os deixamos em casa por algum momento, fazem as necessidades em locais indesejados, destroem móveis ou objetos. E o pior, começam a sofrer muito com essa ansiedade. Tanto sofrimento pode desencadear problemas de saúde, e aí tudo fica mais difícil.
O que para nós, humanos, é conhecido como conforto, nem sempre tem a mesma conotação para o nosso cão. Na verdade, quando oferecemos nossos recursos, e passamos a atribuir ao nosso cão, características humanas, estamos assim, antropomorfizando-o, tornando-o cada vez mais distante de uma vida natural que ele pudesse ter, fazendo coisas de cães, como por exemplo, roer (as coisas apropriadas), cavar, forragear, expressar comportamentos naturais da espécie.
Esta é uma razão pela qual encontramos muitos cães ansiosos, extremamente inseguros, totalmente dependentes e apegados, com problemas de saúde física e mental. Essa emoção excessiva que os cães têm por nós, e que os fazem sofrer tanto, é o que chamamos de ansiedade de separação.
Mas o que fazer para melhorar esse quadro? É possível tratar um cão que já possui muita ansiedade de separação?
Você pode começar se policiando dos excessos, tentar canalizar essa emoção em atividades como passeios com farejamento, permitir que ele se socialize com outros cães. Você pode também enriquecer o ambiente com recursos, brinquedos apropriados e atóxicos, mordedores naturais, dispenser recheável (como as bonequinhas da Kong, por exemplo), pet balls, que são aquelas bolas onde podemos esconder petiscos, oferecer a própria alimentação de forma criativa, em comedores interativos, treinar os comandos de obediência, e muito mais! Se você não consegue fazer tudo isso, contrate um profissional ou leve-o para uma creche como o Vivenda Pet Care, onde ele irá aprender a fazer tudo isso e ainda vai voltar pra casa feliz e realizado.
Ah, mas você pode dizer: meu cão não gosta disso! E não gosta mesmo! Seu cão está acostumado a fazer coisas de humanos! Reverter esse processo leva tempo. É devagar que ele vai absorver essa nova rotina. É ensinando-o aos poucos, estimulando-o da forma certa, e participando com ele desse processo. Esta é uma forma, inclusive, de aumentar ainda mais a conexão entre vocês. E de torná-lo um cão muito mais confiante e seguro. Você vai perceber que, em pouco tempo, seu cão começará a ser um cão mais independente e mais relaxado, livre daquela velha ansiedade. Vai lá, comece agora! Não deixe para depois. Melhorar a vida do seu cão precisa ser uma prioridade, afinal, ele é ou não é um membro da família?